sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Além da morte

"Morrer é inevitável, mas naquele momento o que ele mais desejava é que a morte pudesse ser uma escolha nossa. Ainda não havia chorado, mas ao ver o caixão, sentiu uma pontada, uma dor tão forte que foi parar numa cama de hospital, talvez até na que ela havia acabado de sair.
Ficou desacordado por alguns dias, sonhando durante todos eles. E quando acordou, não sabia se a sua vida ainda fazia sentido. Começou a ouvir uma voz doce comemorando a sua recuperação, mas não sabia quem era a dona desta. Quando conseguiu abrir bem os olho percebeu que era sua mãe.
-Que susto você nos deu, meu filho, Achávamos que você não sairia desta.
Ainda acordando ele nem respondeu a mãe. Apenas lembrava-se do que tinha acontecido até aquele momento. Lembrou-se finalmente do enterro e do rosto daquela moça que ele nunca havia nem falado na sua vida.
-Meu filho, o que você estava fazendo naquele enterro? Quem era aquela moça? - perguntava a mãe tentando entender o que o teria feito ter tido aquele enfarte.
Continuou calado, apenas lembrando do que havia acontecido: naquele dia ele acordou cedo, colocou uma roupa social, recebeu uma ligação de um colega do trablhao avisando que a reunião só seriamais tarde, quando viu de longe uma flores lindas, comprou-as mesmo sem ter para quem dar. Foi aí que algo começou a guiá-lo até o cemitério, onde viu que estava acontecendo um enterro. Curioso e com um pressentimento foi aproximando-se do caixão e das pessoas, todos choravam muito, e ele, sempre tão sensível, ainda não tinha derramado nem uma lágrima. Quando olhou aquele rosto pálido, aquela boca brana, e aqueles traço tão lindos no rosto daquela estranha, sentiu uma pontada e aí foi parar no hospital.
Passou precisamente oito dias desacordado. Na verdade estava "morto" no hospital e vivo em outro lugar. Onde exatamente ele não sabia, mas ele passou oito dias com aquela mulher a qual ele havia visto morta. Foram os dias mais românticos de sua vida, ou morte, ninguém sabe dizer ao certo.
Quando recebeu alta do hospital resolveu pesquisar sobre a tal moça. Descobriu rapidamente a família, com quem foi falar. Contou aos pais da moça o que havia acontecido e falou a eles que durante seus oito dias desacordado a presença dela estava muito forte. Ela não saiu do lado dele em nenhum segundo e quando o seu coração bata mais fraco, sentia o calor do corpo dela e o coração voltava ao normal. Falou que aquilo podia ser meio estranho,mas ele estava apaixonado pela filha deles.
A mãe só conseguia chorar eo pai tentava pensar de onde ele poderia ter conhecido a sua filha, mas de nada adiantou. Ninguém tinha nenhuma informação para dar a ele. Despediu-se dos dois sem deixar de lembrá-los o quanto a filha deles os amava.
Saindo de lá passou pelo cemitério, levou flores para a sua amada e foi para casa. Chegando em casa a primeira coisa que fez foi dizer a seus pais o quanto os amava e foi se deitar, afinal, o médico havia recomendado muito repouso. Adormeceu, viu aquele lindo olhar, aqueles olhos cor de mel e sentiu-se em paz.
-Vem comigo? A morte não é fácil sem você.
-Eu vou, pois a vida também não é."
.
.
Texto escrito por mim mesma. ahahha
;**

10 comentários:

Anônimo disse...

Helena quase sempre me fazendo chorar com seus textos !

¬¬

te amo mtu irmaziinha =))

vooce tem fuuturo tah sua booba ? =]

beeijoos

Anônimo disse...

leleee,

aah, cara esse tá liindo, e você até hoje não me emprestou os seus textos para leer :x

continue assim!

beiijos :*

Anônimo disse...

tenho que concordar... vc tem futuro garota!
\o/

^^
gostei d+d+ desse... desde a 1ª vez q eu li =]

vc vai longe ;)

Anônimo disse...

Que isso hein!
que potencial tem essa garota hein? hahahahahaa
muito bonito seu texto... eu achando que era de alguém famoso, tá não me enganei, pois você não deixa de ser famosa, hahaha mas você entendeu!
Parabéns pelo texto, gostei muito, continue assim, seu primeiro livro quando lança me diz que eu compro!

Saudades...

Unknown disse...

a experiência romântica vai tão além do que é imanente.....que até mesmo a transcendência da morte é incapaz de muní-la de explicação.....o seu texto ficou show, a morte como a cura para um amor, para uma vida......parabéns!

grande beijo

Anônimo disse...

pqp lena!
amei...
parece ate com uma pessoa! =P
sera q vou morrer??? hahaha
sei la...o futuro eh incerto!
bjus lena! adorei! li todin!
=D

Yke Leon disse...

Concordo com com o Rodrigo ali em cima.
A morte como válvula de escape pra um amor impossível é realmente, fascinante.
Põe a prova a verdade milenar do amor eterno e da vida após a morte, com ou sem o Transcendente.
Parabéns, muito bonito, gostei!


Yke Leon, do: www.revolutear.blogspot.com

Anônimo disse...

Ah esse eu conheço...como todos os seus textos neh...
hahahaha
mt bonito amor
bjao

Unknown disse...

... ah... um reencontro, na hora em que deveria ser. que belo conto. adorei!

beijos!

Nathália Affel disse...

Oii
bom, primeira vez que venho aqui
e já gostei muito!
vi seu blog, na comunidade de blogs..

na verdade era para eu escolher na batalha entre vc e o "meus fragmentos"

votei em você pelos textos. apesar de "os meus fragmentos" ser um blog ótimo!

gostei muito!

me visite se quiser!

Beijos

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